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Aeroportos terão financiamento de R$
4,64 bi do BNDES
Investimento fortalecerá 11
aeroportos em quatro estados, ampliando capacidade, segurança e
qualidade no atendimento aos passageiros
01/12/2025 -
12h33
(Da assessoria do MPor)
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O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou
R$ 4,64 bilhões em apoio financeiro para o plano de ampliação,
modernização e manutenção de 11 aeroportos administrados pela
concessionária Aena no país, incluindo o Aeroporto de Congonhas, em São
Paulo (SP).
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Divulgação - Aena Brasil |
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Aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP).
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A
operação foi estruturada como project finance non-recourse, modelo em
que o pagamento é feito com as receitas do próprio projeto, e representa
um dos maiores financiamentos já direcionados ao setor aeroportuário
brasileiro.
O pacote financeiro inclui R$ 4,24 bilhões em debêntures e R$ 400
milhões via linha Finem (destinada a financiar projetos de investimentos
públicos ou privados), além de uma oferta pública de debêntures
coordenada pelo BNDES e Banco Santander, totalizando R$ 5,3 bilhões. Ao
todo, o financiamento para a Aena Brasil chega a R$ 5,7 bilhões. Os
investimentos abrangem os aeroportos de Congonhas (SP), Campo Grande
(MS), Ponta Porã (MS), Corumbá (MS), Santarém (PA), Marabá (PA), Carajás
(PA), Altamira (PA), Uberlândia (MG), Uberaba (MG) e Montes Claros (MG).
A iniciativa permitirá a execução da Fase I-B dos contratos de
concessão, que reúne os principais investimentos em ampliação e
adequação de infraestrutura, melhorias estruturais e aumento de
capacidade operacional. As obras devem ser concluídas até junho de 2028,
em Congonhas, e junho de 2026 nos demais aeroportos. A estimativa é de
geração de mais de 2 mil empregos diretos e indiretos durante a
implantação e cerca de 700 novos postos após a conclusão.
Em Congonhas, que receberá cerca de R$ 3,3 bilhões, está prevista a
ampliação do terminal de passageiros de 61 mil m2 para 134
mil m2, instalação de sete novas pontes de embarque,
reformulação do embarque remoto e expansão das áreas comerciais para 43
mil m2.
Em 2024, os 11 aeroportos movimentaram 27,5 milhões de passageiros, o
equivalente a 12,8% do total no Brasil e 3% acima do nível pré-pandemia.
O mecanismo financeiro desenvolvido pelo
BNDES permitirá que, após a conclusão das obras, a Aena possa
refinanciar sua dívida em condições mais competitivas, reduzindo custos
e eliminando o risco de rolagem. A operação recebeu rating AAA.br pela
agência Moody’s Local Brasil, classificação que indica o mais alto nível
de qualidade de crédito na escala nacional, refletindo baixo risco e
elevada capacidade de pagamento.
A Aena administra os 11 aeroportos beneficiados e outros seis terminais
no Nordeste, que também contaram com apoio do BNDES em operações
anteriores.
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