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Aviação registra 295 alertas de balões
próximos a aeroportos
Entidades do setor têm
ampliado cada vez mais a troca de informações e atuação conjunta para
evitar que estes números continuem a subir
23/06/2017 -
18h34
(Da
assessoria da ABEAR)
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O CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos)
registrou 295 notificações sobre avistamentos de balões próximos a
aeronaves e aeroportos nos primeiros seis meses de 2017, um aumento de
33% em relação ao mesmo período do ano passado, quando ocorreram 221
registros.
Os estados com maior incidência foram São
Paulo, que acumulou 152 alertas, seguido do Rio de Janeiro, com 99. As
entidades do setor têm ampliado cada vez mais a troca de informações e
atuação conjunta para evitar que estes números continuem a subir.
Os balões não tripulados, também conhecidos como balões juninos, podem
chegar a pesar dezenas de quilos e carregar materiais perigosos
(inflamáveis e explosivos). Apesar disso, não são detectados por
radares, dificultando a identificação por pilotos e controladores de
voo. Assim, eles geram riscos que envolvem desde a colisão com aeronaves
até a necessidade da realização de manobras abruptas não programadas,
como um desvio para evitar o impacto, pousos de precaução e arremetidas,
que podem causar desconforto aos passageiros e atrasos em voo.
"Quando um balão se aproxima de um aeroporto, mesmo sem cair na pista,
ele pode ocasionar a interrupção de pousos e decolagens e impactar a
malha aérea nacional, afetando horários de voos em outras localidades,
acarretando em atrasos e custos financeiros para as empresas aéreas e
aeroportos", esclareceu o consultor da Diretoria de Segurança e
Operações de Voo da ABEAR (Associação Brasileira das Empresas Aéreas),
Paulo Roberto Alonso.
O comandante acrescenta que a maior ameaça é à segurança das aeronaves e
seus passageiros: o impacto de um artefato com uma aeronave pode causar
danos à fuselagem, turbinas, ou hélices, e até interferir no
funcionamento de sistemas de indicação de velocidade e altitude do
avião.
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