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        Lufthansa voa diariamente com biocombustívelCompanhia faz testes em voos 
        entre Frankfurt e Hamburgo durante seis meses
 
 
 30/09/2011 - 23h14
 (Da assessoria da 
        Lufthansa no Brasil) - O Airbus A321, de prefixo D-AIDG, da 
        Lufthansa voa a serviço do projeto de pesquisa "burnFAIR" desde 15 de 
        julho. Durante seis meses, a aeronave voará quatro vezes por dia de 
        Hamburgo para Frankfurt para testar a utilidade do biocombustível no dia 
        a dia e medir as emissões.
 
          
            | _ | Divulgação - 
            Lufthansa |  
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            Airbus A321 da Lufthansa.
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        A turbina do lado direito é abastecida com 
        50% de Jet A-1 e 50% de biocombustível, e a do lado esquerdo apenas com 
        Jet A-1. O biocombustível é composto de pinhão manso (jatropha) e linho 
        selvagem (camelina) além de gorduras animais, e tem uma densidade de 
        energia quatro por cento maior que o Jet A-1 puro.
 A "avaliação de longo prazo" (seis meses) teve início em 15 de julho no 
        aeroporto Fuhlsbüttel em Hamburgo com o evento "Voo Inaugural com 
        Biocombustível" no portão de embarque 17. Lá, Kay Kratky, presidente da 
        "Frankfurt & Flight Operations", e Joachim Buse, diretor de projetos da 
        "Aviation Biofuel", receberam representantes do setor e da política do 
        transporte aéreo, do ramo das pesquisas assim como jornalistas alemães e 
        internacionais. O comandante Nikolai Pointner, chefe da frota A320 em 
        Frankfurt, transportou os passageiros do voo LH013 em segurança para 
        Frankfurt, acompanhado dos dois primeiros-oficiais e membros do projeto 
        "Aviation Biofuel" Jan-Erik Kruse e Daniel Riefer.
 
 "Eu nunca havia visto tamanho tumulto da mídia em torno de um dos meus 
        voos", disse Pointner depois da chegada em Frankfurt. Daniel Riefer, 
        responsável por responder às perguntas da imprensa no portão de 
        embarque, também acompanhou os jornalistas para assistir ao 
        abastecimento no pátio de manobras. "O carro-tanque com o logotipo 
        Pure-Sky, que vinha diretamente do porto de Hamburgo com a mistura de 
        biocombustível, encostou na aeronave e deu início ao abastecimento dos 
        tanques de combustível da asa direita. Para acelerar o procedimento de 
        abastecimento, os colegas do A320 recebem uma indicação do assim chamado 
        'standard blockfuel' para a ida e volta de Hamburgo, mas que pode ser 
        ajustada a qualquer momento", disse Riefer.
 
 De resto, a preparação das tripulações para o voo é feitas da mesma 
        forma como para outros voos. O procedimento de abastecimento neste caso, 
        porém, demora 20 minutos a mais, por se tratar de procedimento manual, o 
        que significa um fluxo de combustível de 400 litros por minuto. De 
        acordo com o "standard blockfuel", os tanques da asa direita são 
        abastecidos com 4,5 toneladas, e, em seguida, os da asa esquerda com o 
        tradicional querosene Jet A-1. Antes do voo inaugural com passageiros, a 
        aeronave foi mais uma vez testada até os últimos detalhes em um voo de 
        verificação funcional abastecido com biocombustível. Foi realizada uma 
        decolagem com empuxo máximo.
 
 Durante o voo, a turbina abastecida com a mistura de biocombustível foi 
        desligada e ligada novamente e as bombas de combustível desligadas. Em 
        todos os testes, afirma Pointner, a turbina teve o mesmo desempenho como 
        se estivesse abastecida com Jet A-1. Informou também que não existem 
        instruções específicas do fabricante para o abastecimento com 
        biocombustível. Pointner disse que "a mistura de biocombustível tem as 
        mesmas especificações do querosene Jet A-1, ou seja, é tão utilizável 
        quanto o querosene. Para os pilotos, isto significa que qualquer 
        tripulação A320 pode voar na aeronave."
 
 "Nosso principal interesse é verificar o desempenho das duas turbinas no 
        decorrer destes seis meses. Neste período, a Lufthansa Technik realizará 
        regularmente os assim chamados 'testes borescope' que, entre outros, 
        fazem medições comparativas das emissões. Além disso, esperamos obter a 
        prova de que a turbina que opera com a mistura de biocombustível gasta 
        menos combustível", disse Riefer, membro do projeto "Aviation-Biofuel". 
        Devido à densidade de energia da mistura de biocombustível um pouco 
        maior, também foram tomadas medidas para o caso de a densidade no avião 
        não ser determinada de forma correta. "Aumentamos artificialmente um 
        pouco o peso do avião e os colegas sabem que têm a bordo, no mínimo, a 
        quantidade de combustível mostrada nos indicadores da cabine de 
        comando", afirmou Riefer.
 
 Ainda não há, no momento, uma previsão quanto ao início de operação após 
        os seis meses de avaliação de longo prazo e ainda não foi decidido sobre 
        a porcentagem geral de biocombustível a ser utilizada na Lufthansa. Isso 
        já seria perfeitamente permissível depois da autorização do uso da 
        mistura de biocombustível, mas ainda faltaria um voo de teste de longa 
        distância. O maior desafio no futuro, porém, será conseguir a quantidade 
        necessária de biocombustível. Riefer afirmou que "só as 800 toneladas de 
        mistura de biocombustível para o teste, conseguidos por meio da Neste 
        Oil na Finlândia, já foram um desafio."
 
 Riefer se orgulha da priorização dos voos obtida pela Lufthansa por meio 
        do Ministério dos Transportes alemão no DFS (órgão de segurança do 
        tráfego aéreo alemão) e no Eurocontrol. "Conseguimos permissão para que 
        nossos aviões decolem sem ter de determinar o horário de partida e para 
        que recebam atendimento prioritário na sequência de chegadas em 
        Frankfurt e Hamburgo", disse ele.
 
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