A TAM também registrou um significativo aumento da receita operacional bruta na comparação entre os dois períodos, passando de R$ 8,5 bilhões em 2007 para R$ 11 bilhões em 2008, uma variação positiva de 29,9%. A TAM fechou o ano com disponibilidade de R$ 1,9 bilhão em caixa.

A companhia apurou um prejuízo líquido de R$ 1,4 bilhão em 2008, influenciado principalmente pelas perdas com a operação não especulativa de hedge para combustível e à depreciação do real frente ao dólar. Em 2007, o resultado havia sido positivo em aproximadamente R$ 505 milhões.

"Atingimos excelentes resultados operacionais no ano passado e o nosso caixa é bastante robusto. O ano de 2009 é certamente desafiador, mas acreditamos na recuperação do mercado no final do ano e estaremos bem posicionados para atendê-lo", afirma o Comandante David Barioni Neto, presidente da TAM, lembrando que, em 2008, a TAM anunciou sua adesão à Star Alliance, bem como o início de cinco novas rotas internacionais: Brasília - Buenos Aires, Rio de Janeiro - Miami, São Paulo - Lima, Rio de Janeiro - NY e São Paulo - Orlando.

A TAM reafirmou a sua liderança no mercado doméstico em 2008, com market share médio anual de 50,3%, de acordo com dados da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil). Foram transportados 25,6 milhões de passageiros, o que representa um aumento de 6,1% em relação aos 24,1 milhões no ano anterior. A taxa de ocupação média dos voos domésticos foi de 68,1% no ano passado.

No plano internacional, em 2008 a companhia ampliou sua participação entre as brasileiras que voam para o exterior, sendo responsável por uma fatia média de 75,24% dos viajantes. Em dezembro registrou recorde, quando alcançou 85,52% de market share. Nesse segmento, a TAM transportou 4,5 milhões de passageiros em 2008, aumento de 22,4% em relação aos 3,7 milhões transportados em 2007. O load factor internacional do ano passado foi de 75,5%.

A TAM chegou ao final de 2008 com 24.389 funcionários.


Planos para 2009

Para manter a liderança nos mercados doméstico e internacional, a TAM vai ampliar a oferta de assentos em 8% e 20%, respectivamente, ao longo deste ano. O seu plano de ampliação de frota será mantido, com investimentos de US$ 6,9 bilhões até 2018. A companhia encerrou 2008 com 129 aeronaves. Até o final deste ano serão recebidas mais seis aeronaves da família A320 e outras três (também da família A320) serão devolvidas, o que a levará a TAM a encerrar o ano com 132 aviões. A meta é chegar ao final de 2013 com 150 aeronaves.

Outro objetivo é manter uma taxa de ocupação total em aproximadamente 67% no decorrer de 2009. Além disso, a companhia pretende manter o crescimento das suas  operações no exterior, com o lançamento de um novo destino ou frequência, a ser anunciado oportunamente.

A TAM espera um crescimento da demanda do mercado doméstico (RPK - Revenue Passenger Kilometer, ou quantidade de quilômetros voados por passageiro pagante), entre 1% e 5% em 2009.


Unidades de negócio

Atualmente a maior transportadora privada de carga aérea do Brasil, a TAM Cargo teve crescimento de receita de quase 30%, atingindo R$ 1 bilhão em 2008. O resultado representa 9,2% das receitas brutas totais da TAM. A unidade de negócios possui 2.076 funcionários, utiliza os porões das aeronaves da TAM para o transporte das cargas e atende cerca de 4.200 localidades em todo o Brasil.

O Programa TAM Fidelidade, pioneiro no Brasil na fidelização de clientes entre as companhias aéreas, representou uma importante fonte de caixa para a empresa, tendo obtido crescimento de 82% das suas receitas em 2008, superando os R$ 500 milhões. Com 6 milhões de participantes, o Fidelidade já distribuiu mais 7,4 milhões de passagens. O programa acaba de completar 15 anos de existência. Uma ampla campanha de marketing e de promoções aos clientes participantes - como resgate com menor quantidade de pontos - estão em andamento.

Durante 2008, a TAM estruturou sua unidade de negócios MRO (Maintenance, Repair and Overhaul), instalado em São Carlos (SP), que está certificado para efetuar a manutenção de toda a frota da TAM e mais de 2 mil componentes aeronáuticos. Além de propiciar significativa redução dos custos, o MRO vem se convertendo numa grande oportunidade de prestação de serviços para terceiros, o que, por consequência, dilui os custos fixos da empresa.

O MRO utiliza o conceito de condomínio tecnológico, dividindo a área própria de 4,6 milhões de metros quadrados, já parcialmente ocupada pelo centro de manutenção, em lotes de 10 mil m² e 20 mil m² destinados à instalação de outras empresas. O objetivo é que os locatários tenham funcionamento independente, mas compartilhem a infraestrutura local, incluindo serviços de segurança, limpeza, refeitório, pistas de pouso e hangares para aeronaves, e também os serviços técnicos como pintura, galvanoplastia e usinagem, dentro das melhores práticas observadas para a preservação ambiental.


O quarto trimestre de 2008

Os últimos três meses do ano passado foram de expansão nas atividades da TAM. No mercado doméstico, a empresa aumentou em 15,6% a oferta (em assentos-quilômetros oferecidos) na comparação com o mesmo período de 2007.

No mercado internacional esse crescimento foi ainda mais expressivo, tendo alcançado 24,2% (em ASKs), decorrentes da adição de dez novas aeronaves - 4 Airbus A330 e 6 Boeing (3 B767 e 3 B777) - e da extinção dos MD11 da frota. Com isso, a empresa deu início a voos de longo curso diários do Rio de Janeiro para Miami e Nova York e de São Paulo para Orlando, nos Estados Unidos, entre outros.

Destacou-se ainda no desempenho operacional da companhia o market share médio, tanto para operações no Brasil como no exterior. O doméstico chegou a 50,7% no período, contra 48,2% no 4T07. No internacional, o crescimento alcançou 19,3 pontos percentuais, tendo passado de 65,4% no 4T07 para 84,7% no 4T08.

A taxa de ocupação média dos voos da TAM em 2008 foi de 71%.